14 agosto 2009

About women...(in brazilian portuguese)


'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias..

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Periodista y escritora gaucha.


P.S: El texto me lo envió una amiga mía brasileña, amiga desde hace muchos años. Ella comparte origen con uno de mis mejores amigos (de estos que nos entra en una mano). Ánimo y fuerza siempre a los dos. Desde aquí del otro lado del charco os deseo muchas felicidades.




No hay comentarios:

...

...
En un contexto creciente de urgencias prácticas, de conflictos sociales y catástrofes ecológicas, económicas y políticas, los distintos actores sociales toman posiciones que renuevan tensiones clásicas, a la vez que plantean problemas inéditos, frente a los cuales el despliegue de la razón instrumental, encarnada en el desarrollo acelerado de la ciencia y la tecnología resulta impotente.
"Da el primer paso con fé, no tienes que ver todas las escaleras, tan solo da el primer paso" Martin Luther King

Amigos

MuZiK


MusicPlaylistView Profile
Create a playlist at MixPod.com

A way of life

A way of life

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails

deslizarse sobre las olas del mar de pie sobre una tabla

deslizarse sobre las olas del mar de pie sobre una tabla
El surf puede parecer al simple observador un deporte como tantos otros. O sea, una actividad fisica para divertirse y distraerse. Pero la verdad es que va mas alla de ser un deporte en si, el surf es una manera de vivir la v¡da. De alguna manera el que elije el surf elije no estar en la ciudad, elije cuidar el medio ambiente, elije cuidar su fisico, etc... El surf es un deporte y requiere, tal vez mas que otros, un buen estado fisico y por supuesto, saber nadar. Pero el surf no termina al salir del mar y guardar la tabla en la funda. El Surf es amor al Oceano, amor a la Naturaleza, a estar descalzo en la arena tibia de la playa, o la arena fresca de la orilla. Es amor al bienestar, a la vida sana en general. El surf encierra por lo general una actividad intelectual importante: se requiere paciencia, sabiduria, perseverancia y fortaleza. La perseverancia y fortaleza son necesarias para remar contra el oleaje y la corriente, luchar contra las fuertes espumas y resistir al cansancio, con el objetivo de llegar a donde se quiere estar. Una vez que logramos pasar la rompiente y que estamos sentados en nuestra tabla, se requiere paciencia, hay que esperar que vengan las olas. Las olas vendran a su debido tiempo y cuando eso pase tendremos que tomar une decision y elegir una dentro del monton. Si elegimos una ola muy alta o empinada, podemos clavarnos de punta en el agua y ser revolcados violentamente, y asi saber lo que sienten los calcetines al ser centrifugados en la lavadora. Si la ola es muy chica, no tendrá fuerza y no nos llevará con ella, habremos gastado energia remando sin sentido. Si la ola es muy frontal, no nos dará una surfeada muy larga... Al adquirir y sumar horas de agua salada seremos algo mas sabios, y sabremos reconocer las buenas olas al verlas venir.

ELPAIS.com | Noticias de Medio Ambiente